No baralho da vida
Foste a carta acidentada
Que deixei ficar na minha mão
A luz que, um dia, aqueceu o meu coração.
Tu querias
Eu não,
Mas já quis
Tu não.
Querias ficar comigo
Mas eu pus-te de castigo
Abstrai-me de ti
E deixei-te de lado
Por ter azar ao jogo
Ou de raramente jogar,
A verdade é que sempre te quis abraçar.
Eu joguei
Tu perdeste
Venci
E tu desapareceste.
E eu…
Eu deixei de jogar
Rendi-me às letras
Por quem mais tarde me vim a enamorar.
Barnabé Sousa 